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  • Foto do escritorLuis Oliveira

O que aconteceu com o projeto InclusivaMente?



Para a nossa alegria, em 2016, a Vivi Reis foi a primeira entrevistada para o ciclo de entrevistas conhecido como “Pessoas que queremos que você conheça...”. Sua entrevista foi relembrada no último dia 11 de dezembro, quando ela contou um pouco sobre a sua trajetória e sobre o seu projeto InclusivaMente, o qual havia lançado fazia pouco tempo. Você pode conferir a entrevista na integra clicando aqui.


Desde sempre, a Vivi Reis e a Communitaria são grandes parceiras e ao conversar com ela, sobre a nova rodada de divulgações da sua entrevista, a Vivi nos indagou: por que não atualizar o que aconteceu com o projeto entre 2016 e 2020? Foi uma ideia linda! E mais do que uma atualização, rendeu um novo artigo para o nosso blog, encerrando de uma forma muito especial este ciclo que admiramos tanto do “Pessoas que queremos que você conheça...”


De modo geral, todos nós que atuamos com projetos sociais sabemos como isso é uma aventura repleta de desafios, vitórias, dias felizes e outros nem tanto, mas seguimos sempre firmes buscando desenvolver o nosso projeto e sem perceber ele se torna um grande propósito em nossas vidas. A cada dia ele atrai e se torna o propósito de mais e mais pessoas.


Infelizmente, nem todos conseguem levar os seus projetos a diante, por diversas razões. Porém todos nós que vivemos esse propósito honramos o poder de fazer algo pelo bem comum, seja para uma pequena comunidade, ou para grandes grupos, por meio do investimento de grandes Empresas, Fundações e/ou Instituições ou até mesmo com uma singela doação, que ao olhar de gratidão daquele que recebe, pode ser visto como uma imensa contribuição.


Agora, sem mais delongas: afinal, o que aconteceu o InclusivaMente?

Em 2015 o projeto começou a ser gestado, sempre pensando em como compartilhar tudo aquilo que Vivi Reis aprendeu até aquele momento.


Em 2016, tiveram início a realização de cursos, workshops e palestras de capacitação. O InclusivaMente, contratava profissionais que já trabalhavam com inclusão há muito tempo, com o objetivo de disseminar conhecimento. Eles eram contratados com valores muito acessíveis e somado a isso tínhamos os demais custos. O resultado da divisão dessa soma de valores, era o valor de cada inscrição. De modo de que ele (o valor) realmente não fosse impeditivo para essa aprendizagem... para essa troca.


A única condição foi que na sala deveria estar presente a família da criança, a escola que ela estudava e os terapeutas que a atendiam. Foi muito bacana! Porque foi ali que eu percebi a importância de nós realmente conhecermos todos os ambientes que as crianças estão inseridas - crianças com deficiências na maioria das vezes - e como podemos trabalhar com objetivos em comum, para que esse desenvolvimento seja realmente o melhor.


De 2016 até 2018, continuamos com as capacitações, cursos e começou a produção de jogos pedagógicos que eu não encontrava no mercado. Jogos esses, que contribuem com a aprendizagem, com estratégias diferentes daquelas tidas em sala de aula, de modo que a criança fixasse melhor aquele determinado conteúdo. Além disso, no Facebook, compartilho estratégias, jogos e atividades complementares a aprendizagem das crianças.


De 2018 a 2019, além das capacitações e cursos, eu comecei a atuar com consultoria nas escolas. Essas consultorias consistiam em mais do que tudo, fazer a escola compreender as necessidades de se usarem ferramentas para que os alunos aprendessem de outras formas, que não fossem somente nas aulas expositivas, mas sim fazer uso de métodos multissensoriais, com os materiais que nós temos à disposição, de modo que o conteúdo aplicado, fosse mais bem compreendido. Quanto mais pessoas contribuem com ferramentas e estratégias diferentes, maiores serão as chances de as crianças incorporarem o conhecimento proposto.


Em 2020, continuavam as consultorias, mas, chegou à pandemia e todo mundo meio que ficou fora de órbita. Algumas consultorias, entretanto, foram continuadas trazendo as metodologias ativas para as aulas on-line, que são de grande importância para todas as crianças e não só para as que possuem deficiência.


A partir de maio começou um ciclo de lives no Instagram do InclusivaMente. que tem sido o trabalho maior. Pois o alcance do projeto está melhor consolidado.


As lives buscam trazer a visão de que caminhos de sucesso de inclusão já foram trilhados e com isso por que não compartilhá-los?


Eu partilho as experiências de famílias, educadores, profissionais do mercado de trabalho que incluam pessoas com deficiência. Mas para quê? Para mostrar que: “Olha, existe um caminho aqui e esse caminho pode não necessariamente servir para você, porém ele pode usado como fonte uma de inspiração, de forma que você possa compreender outras formas de se trabalhar e construir”.


Até agora já são mais de 30 horas de lives. Em agosto, eu (Vivi Reis) fui convidada para o Congresso: Genética não é destino, promovido pelo empreendedor social Alex Duarte do Cromossomo 21, que é o maior congresso on-line de inclusão e de pessoas com deficiência. O tema deste ano foi: “O momento da notícia do diagnóstico e nascimento, não é luto! É vida!”. Esse título e essa fala, mostram como é importante nós já termos o olhar do acolher e o de fazer toda pessoa se sentir pertencida em seus espaços de convívio. Desde que a família recebe o diagnóstico, normalmente no nascimento da criança. Como nós podemos humanizar todo o seu entorno? De modo que a criança tenha o ambiente afetivo, amoroso que ela tanto merece e que a sua vida seja celebrada?



Nós precisamos percorrer ainda por um longo caminho, para que a inclusão seja real, de modo que ela realmente absorva toda a diversidade humana. Hoje, o InclusivaMente entende que incluídos já estamos todos, a partir do momento que estamos vivos, nós já estamos incluídos.


O nosso papel enquanto sociedade é o de promover a construção plural, isso quer dizer: proporcionar, instigar, provocar cada vez mais formas de construirmos juntos com toda a diversidade humana, mais espaços inclusivos.

Que cada vez mais pessoas estejam juntas, que não sejam mais grupos ou “bolhas de saberes” e que sim a gente consiga compartilhar estes saberes a partir dessa coisa linda que chamamos de “ser humano”! Cada ser humano é único e ele traz consigo toda uma história, todo um saber, que é só seu e que não vai ser igual ao de mais ninguém e é nessa construção plural que nós seremos mais criativos, que nós teremos trocas mais ricas.


Precisamos promover esses espaços de compartilhamento e construção plural desde muito cedo, na escola, com os pequeninos. Para que lá na frente, nós não encontremos mais as barreiras com as quais lhe damos hoje. Sejam barreiras atitudinais, estruturais, arquitetônicas, pedagógicas, de linguagem, entre outras... Superemos as barreiras, a ponto de fazer com que elas deixem de existir, de modo que em todos os lugares sejam compartilhados com a diversidade humana e para a diversidade.


O InclusivaMente cresceu e ele já não é mais um bebê, agora é uma criancinha “grande”, um mocinho. Além disso, em dezembro, eu Vivi Reis, lanço meu primeiro e-book, com o título “Quem nasceu: meu filho ou o diagnóstico?”, O livro trata justamente desse tema, sobre o momento do diagnóstico. Seu lançamento será no dia 21/12/20 às 20h00, nas redes sociais do InclusivaMente.


Além disso, esses saberes estão sendo compartilhados em diversas plataformas, impulsionando cada vez mais pessoas a interagirem e encontrarem momentos de pausa, momentos de conhecimento e momentos de partilhas.


Acompanhe todas as novidades do InclusivaMente, clicando aqui.


Caro leitor ou leitora, obrigada por ter achegado até aqui :)


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