



Neste mês comemoramos os 8 anos de Daiane na Communitaria! Ao longo desse tempo, ela tem sido uma peça fundamental para o nosso time, sempre se dedicando e contribuindo com seu talento e profissionalismo. Só temos a agradecer!
Para celebrar a ocasião, aqui está um pequeno bate-papo, no qual ela fala um pouco mais sobre sua trajetória. Parabéns, Dai!
Oito anos de Communitaria não é pouco, Dai! O que esse período lhe trouxe em termos de mudanças? Como era a Dai de 2017 e como é a de agora?
Foi um período de muito aprendizado. Entrei na área cursando faculdade de Educação Física, então, para mim, trabalhar com a comunidade foi algo muito novo, diferente. E naquela época eu era muito tímida! Trabalhar com projetos, então, era algo no que eu realmente nunca havia pensado.
Inicialmente, fiquei interessada no fato de ser um trabalho próximo à minha residência. Podemos dizer que na época eu vim mais pela proximidade, pelo horário. Mas, assim que passei no processo seletivo, vi que minha construção pessoal estava começando. Rapidamente me apaixonei pela área do Terceiro Setor, em trabalhar com projetos e com a comunidade.
No começo eu atuava mais na área administrativa. Conforme fui terminando a faculdade, minhas funções passaram a incluir o controle e monitoramento dos projetos. Isso me trouxe um grande desenvolvimento profissional. Poder participar, ver os argumentos e números que norteiam as decisões, presenciar as mudanças e melhorias acontecendo... Tudo isto é uma trajetória formidável para mim. E começou com uma Daiane super tímida lá em 2017.
Sabemos que não é fácil trabalhar no setor social. Como é para você hoje? Como é seu trabalho na Communitaria no dia a dia?
Nós temos, realmente, muitos impasses ao longo do caminho. Trabalhar nesta área é trabalhar com pessoas. Logo, muitas vezes não sabemos como elas reagirão a muitas das proposições e mudanças. Muitas vezes temos que parar no meio de um projeto, olhar para o cenário e redirecionar boa parte do que havíamos planejado. De certa maneira, isso pode ser visto como uma dificuldade, porque é mais complexo do que simplesmente trabalhar com números na frente de uma tela.
Mas a parte boa em se trabalhar no setor social é justamente o brilho no olho! A oportunidade de ver as pessoas realizando seus objetivos, a satisfação que têm quando conseguem melhorar sua comunidade. E eu estou ali, junto, apoiando e orientando. É muito gratificante. É o que nos faz querer seguir nessa área, continuar com o trabalho firme. É especialmente bom ver os jovens empenhados nos projetos que acompanho.
O setor social tem suas dificuldades, mas também tem muito dessa questão de bem comum, de acompanhar o progresso alcançado, de ver a comunidade feliz pelo trabalho. Esse é nosso dia a dia: acompanhar, ouvir, conversar. As pessoas têm seus anseios, e estamos aqui para ajudar no que for possível.
Seu foco profissional é na cidade em que vive, Itapoá. Quais as mudanças que você pode observar em seu entorno graças ao trabalho realizado por vocês?
Desde o começo do Ampliar até aqui realizamos, em conjunto com a população, diversas mudanças perceptíveis. É possível, por exemplo, observar o claro desenvolvimento das lideranças, que é inclusive um dos intuitos principais do projeto. São pessoas que propõem as iniciativas, desde a concepção até a ponta de contato com o entorno.
Um dos alicerces do trabalho sempre foi desenvolver essas características nas pessoas. Hoje podemos ver que, de maneira geral, estão muito mais evoluídas nessa parte. Elas sabem dialogar, sabem discutir, sabem onde e como procurar informações para proceder. Trata-se de um grande ganho para a comunidade.
Hoje a população sabe bem quem deve procurar. Antes, vinham até nós; hoje, como o contato com o Porto mudou, dirigem-se diretamente a ele. Esse conhecimento, essas informações, são sinal do desenvolvimento comunitário. Saber trabalhar em grupos, ou seja, formar os próprios coletivos almejando um bem comum, é um dos resultados mais significativos desses anos todos aqui.
Se você pudesse escolher apenas uma, qual você diria ser sua maior realização profissional nesses anos todos?
Minha maior realização é ver a comunidade em que vivo se desenvolvendo, aumentando seu poder de mobilização, realizando os próprios objetivos, buscando oportunidades.
Isso é presenciar em primeira mão o desenvolvimento local! Pessoas que antes não sabiam de onde partir, onde procurar informações, indo atrás de informações, agora ativas e fazendo sua parte pela coletividade. É bom demais poder ver isso.
Por fim: planos para o futuro! O que a Dai quer para si e para sua comunidade no curto e longo prazos? Conta pra gente!
Aqui buscamos o desenvolvimento das pessoas em conjunto com o local em que vivem. Desejamos que seja, cada vez mais, uma comunidade que tenha seus próprios afazeres, sua agenda de objetivos.
Ainda temos algumas dificuldades estruturais que eu gostaria muito de ver sanadas, como a falta de mais locais para esporte, lazer e artesanato. São pilares de nossa cidade, e precisamos de um foco maior em seu desenvolvimento. Ouvimos sempre a comunidade nesses e em outros anseios, e espero que nos próximos anos tenhamos acesso a cada vez mais oportunidades de nos desenvolver. Que venham muitas coisas boas para nós, frutos de nosso empenho!
